Brasil é o quinto país no ranking mundial dos que mais matam no trânsito, este fato deveria ser avaliado com mais cautela. As primeiras posições deveriam ser ocupadas em prol da segurança e em prol da vida.

O Observatório exerce um papel de extrema importância para a sociedade no que tange a segurança viária e a proteção a vida, não podemos fechar os olhos para o fato que o maior número de mortes sem punição são causados nas vias públicas e a pergunta que faço é: Até quando? A criação da ONSV somente não trará o resultado traçado de redução de 50% no número previsto de mortes no trânsito, a matemática é muito mais complexa.

O caminho foi traçado no encontro realizado em Moscou Em dezembro de 2010, e enfatizo a frase: "Estou aqui mais uma vez para falar do trânsito. Mais exatamente de sua face cruel e violenta, equivocadamente chamada de ACIDENTE DE TRÂNSITO. Equivocada porque eventos que matam, ferem e mutilam não podem ser chamados de acidentes. Acidente é todo o fenômeno inesperado, imprevisível e inevitável. Já um atropelamento por avanço de sinal ou excesso de velocidade, uma colisão frontal por culpa de uma ultrapassagem indevida ou por reações retardadas de quem bebeu e pegou no volante são, na realidade, ações deliberadas de quem foi negligente, imprudente ou que desrespeitou as leis de trânsito." Bem disse o Deputado HUGO LEAL, PSC/RJ.

Não é correto usar o termo 'ACIDENTE' ao que pode ser evitado, 90% dos acidentes são causados por falha humana, sabemos que não somos perfeitos mas, a questão aqui não é a perfeição, a questão é sim a falta de respeito dos condutores que assumem a direção sem ter condição de fazê-lo, quantas vidas mais serão roubadas até termos a consciência do fato de que, veículos são armas que devem ser manuseadas com cautela para não ferir, destruir ou dizimar. Ser consciente de nossas atitudes poderão sim alterar o cenário atual e ainda podemos contar com o PLANO NACIONAL DE REDUÇÃO DE MORTES E LESÕES NO TRÂNSITO – PNATRANS que traz a necessidade do estabelecer metas de redução das mortes no trânsito a partir de índices de mortalidade por habitantes e por veículos nos estados e por parte da própria PRF, com estas informações as ações serão ainda mais pautadas em fatos que irão gerar ações coerentes com cada região. Agindo localmente e pensando Globalmente atingiremos resultados em prol da vida.

Viviane Eduarda
Fonte:http://www.onsv.org.br/19049-2/#comment-7606